Dicas

Como conduzir uma entrevista de emprego em inglês?

Em qualquer processo seletivo, a entrevista é uma das etapas mais importantes. E as empresas estão, cada vez mais, buscando conduzir entrevistas de emprego em inglês.

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Essa estratégia permite ter certeza de que a informação encontrada no currículo sobre o nível de Inglês do candidato corresponde à realidade. Além disso, é uma forma conveniente de poupar tempo, unindo a oportunidade de conhecer melhor o profissional que concorre à vaga, com a oportunidade de testar seus conhecimentos em Inglês.

Em outras palavras, conduzir uma entrevista de emprego em inglês ajuda a tornar o processo de seleção e recrutamento mais eficiente.

No entanto, é preciso ter alguns cuidados. Além da preocupação de tentar obter informações relevantes sobre o perfil do candidato, você deve também elaborar e conduzir o processo de modo a analisar a desenvoltura do indivíduo com o idioma em diferentes situações.

Nós sabemos que a entrevista em inglês demanda do recrutador um esforço superior à realização de uma entrevista comum. Para ajudar você a conduzir essa etapa do processo seletivo com sucesso, preparamos um artigo completo com recomendações e dicas. Ficou interessado? Então, boa leitura!

1. Entenda como o candidato se prepara

Todo candidato realmente interessado em uma vaga de emprego faz uma preparação antes da entrevista. E o recrutador precisa ter esse fato em mente na hora de elaborar seu roteiro.

Não se trata de montar uma pegadinha ou armadilha para prejudicar os candidatos, mas simplesmente de fugir ao senso comum. Dessa forma, o candidato também será forçado a sair da sua zona de conforto.

Ele terá de usar todos os seus recursos para apresentar um bom desempenho em uma situação inesperada e desafiadora. E essa é uma simulação bem precisa do que ele vai enfrentar no dia a dia do trabalho, caso seja aprovado.

Então, vamos lá. Como os candidatos geralmente se preparam para uma entrevista em Inglês?

Eles esperam que as entrevistas sigam um roteiro básico, sem muitas variações, para avaliar a fluência. Exemplos desse roteiro, inclusive, passaram a ser divulgados na mídia — justamente para que os candidatos possam se preparar com antecedência.

A Revista Exame publicou uma matéria com 10 questões que são, em geral, utilizadas nas entrevistas. A lista incluía:

  • How would your peers and bosses describe you?

  • Who is your role model, and why?

  • Tell me a situation in which your participation was important in order to solve a relationship problem among team members.

  • Tell me about a conflict you managed with clients.

  • What was the most important feedback you have ever had?

  • What was the most difficult feedback you have ever given?

  • What actions have you implemented that have effectively improved the results of the companies you worked for?

  • If you could choose a company to work at, what would it be?

  • What do you consider your greatest professional challenge for the next three years?

  • Recall a situation or project in which your decision was not conventional and suggested a risk that you took by yourself at that time.

Outra lista, desta vez publicada pelo site Último Segundo, tinha 8 questões de entrevistas em inglês.

  • Tell me a little about you.

  • Now, tell me about you professional experience.

  • Do you prefer to work alone or in a team?

  • What are your best qualities as a professional?

  • Give an example of a situation in which you did something really good at work.

  • What are your weaknesses?

  • What are your plans for the next five years?

  • Why should we hire you?

Vamos ver mais um exemplo. O site Universia levantou 15 perguntas que poderiam ser feitas em uma entrevista de emprego em inglês. Esse foi o resultado:

  • Tell me about yourself.

  • Tell me about your 3 greatest achievements.

  • Are you satisfied with your career to date?

  • Tell me about a difficult situation you have faced and how you tackle it.

  • What do you like about your present job?

  • What do you dislike about your present job?

  • What are your strengths?

  • What is your greatest weakness?

  • Why do you want to leave your current employer?

  • Why should we hire you? Why do you think you are the best candidate for this position?

  • What is your opinion about the financial crisis in Europe?

  • What is your view about the World Cup being held in Brazil?

  • What do you think is the trend for retail companies?

  • Do you think the economic prosperity in Brazil will continue in the next 10 years?

  • Do you think the real estate price will continue to raise in Brazil in the next years?

Observando estas listas, podemos levantar algumas questões curiosas. Em primeiro lugar, as perguntas são, na grande maioria, claramente centradas no próprio candidato. Fale sobre você, suas maiores qualidades, sua maior realização, sua principal fraqueza, e assim por diante.

É claro que o recrutador faz isso porque deseja saber mais sobre o candidato e para determinar se ele é adequado para a vaga. Mas um foco tão óbvio deixa o entrevistado mais consciente de si mesmo.

Ele fica ainda mais atento para o fato de que está sendo avaliado. Então, como resultado, você pode ter dificuldades para conseguir respostas verdadeiras e autênticas.

Uma abordagem mais indireta trará resultados melhores. Você pode, por exemplo, pedir que o candidato fale sobre o profissional que ele mais admira. Dessa maneira, poderá identificar — sutilmente — as características que ele valoriza e que, portanto, tenta cultivar em si mesmo.

Em segundo lugar, todas as perguntas são sobre o tema do trabalho. Isso deixa pouco espaço para que o candidato se comunique abertamente. São entrevistas muito objetivas, restritivas.

A única lista que foge um pouco desse padrão é a terceira, que tem algumas perguntas mais contextualizadas sobre questões nacionais e mundiais. Essa é uma excelente abordagem, e vamos falar mais sobre ela no próximo item.

Em terceiro lugar, como é fácil perceber, essas perguntas são, basicamente, as mesmas que encontramos em uma entrevista de emprego comum em Português. Isso é problemático porque até um candidato que não sabe muito Inglês pode, facilmente, preparar suas respostas.

Isso significa que ele não tem que pensar muito na resposta em si, e todo o seu foco está na preocupação com usar o Inglês correto.

Um candidato a uma vaga, que sabe que vai passar por uma entrevista em Inglês e quer se preparar com antecedência, vai pesquisar no Google. Então, é claro, que ele encontrará informações como as que apresentamos acima.

O mais provável, então, é que o candidato vai pensar nas suas respostas (com base nas entrevistas que já fez em Português), traduzi-las para o Inglês, treinar bastante e torcer para que o recrutador use estes mesmos roteiros.

2. Não faça somente “perguntas de praxe”

São poucas as situações em que você pode aprovar um candidato sem testar seu inglês em uma entrevista.

A exceção são os profissionais que já têm um certificado de proficiência. Fora eles, os demais precisam passar pela entrevista — a qual, portanto, precisa ser bem elaborada e criteriosa.

Como vimos no item anterior, usar as perguntas mais comuns na entrevista em inglês pode facilitar demais o processo para os candidatos. Em vez disso, você quer desafiá-los, certo? Então, a solução é clara: não fique preso às perguntas de praxe.

Como fazer isso? Bem, nós temos algumas sugestões interessantes. Você pode incorporar uma ou, até mesmo, todas elas ao seu roteiro de entrevista.

A primeira sugestão é fazer perguntas sobre temas de atualidades, especialmente temas globais. Você pode perguntar sobre uma situação econômica, política, ecológica. Existem, pelo menos, quatro vantagens nessa abordagem:

  • você poderá explorar um vocabulário mais diversificado junto ao candidato;

  • o candidato terá que organizar sua fala em inglês em argumentos mais aprofundados e complexos, usando dados, fatos, números;

  • será possível observar se o candidato tem o hábito de acompanhar os acontecimentos mundiais, inclusive por meio da mídia internacional;

  • você poderá avaliar o perfil do candidato — seus valores, sua ética pessoal — por meio de temas que não são diretamente relacionados ao ambiente de trabalho.

A segunda sugestão é fazer perguntas sobre algum filme ou livro recente. Alguns recrutadores podem achar que esse assunto foge demais ao contexto de uma entrevista mas, na realidade, essa é exatamente sua principal vantagem:

  • devido a ser um tema mais leve, informal, o candidato possivelmente sentirá menos pressão e, portanto, sua tendência é comunicar-se melhor;

  • ao mesmo tempo, também permite explorar um vocabulário ainda mais diversificado, já que é um tema muito amplo;

  • você também vai constatar se o candidato é uma pessoa com hobbies e interesses que vão além do trabalho. Essa é uma característica que vem sendo cada vez mais valorizada no perfil dos profissionais.

A terceira sugestão é fazer um roleplay, uma simulação de uma situação de trabalho com o candidato. Por exemplo, o entrevistador pode representar um cliente insatisfeito ou um gestor internacional. Essa alternativa é excelente para um momento no final da entrevista, quando o candidato já estiver completamente à vontade:

  • você poderá explorar um vocabulário completamente pertinente ao contexto de trabalho, que é o mais importante em uma entrevista de emprego;

  • será possível, ao mesmo tempo, avaliar a calma, a concentração, a desenvoltura e a comunicação do profissional lidando com uma situação de trabalho em um idioma estrangeiro.

É claro que não paramos por aqui. Existem inúmeras outras possibilidades.

No item anterior deste post, já sugerimos que você pergunte ao candidato sobre um profissional que ele admira.

Você também pode pedir que o candidato analise um problema (real ou fictício) da empresa e ofereça uma solução. Além de avaliar o inglês, essa também é uma forma de entender como ele pensa, seu estilo de trabalho, sua ousadia e criatividade.

E que tal exibir um vídeo polêmico ou que levante uma questão importante e pedir que o candidato fale o que entendeu e sua opinião sobre o que viu? Dessa maneira, você quebra um pouco o ritmo da entrevista e insere um elemento de dinamismo na situação.

Essa sugestão fica ainda mais interessante quando você pensa na possibilidade de conduzir entrevistas em grupo. Nem sempre isso é possível, especialmente dependendo do cargo que está em jogo. Por outro lado, ter mais pessoas na situação vai evitar que a entrevista torne-se uma situação assimétrica, com uma única pessoa falando.

Está claro que existem muito mais possibilidades para conduzir uma entrevista de emprego em Inglês. Esse universo por ir muito além das perguntas comuns. Será que a solução é ignorá-las?

A resposta é não. Os roteiros de perguntas que mostramos no item anterior deste post não precisam ser jogados fora. Na verdade, eles abordam pontos importantes, informações que o recrutador precisa realmente saber sobre o candidato. Porém, você não pode se limitar somente a essas questões.

O segredo é misturar o previsível com o imprevisível. O candidato logo notará que não pode simplesmente recitar uma resposta decorada e que você quer reações mais espontâneas. Além de obter uma avaliação mais precisa do seu inglês, você também vai conseguir manter o candidato mais focado e engajado com o processo.

3. Lembre-se que esse é um indício da própria organização

Este é um ponto muito importante. É comum que o recrutador esteja extremamente focado em usar a entrevista para obter informações relevantes e analisar os candidatos. Porém, não se esqueça de que a entrevista, a maneira como ela é planejada e conduzida, também deve refletir a realidade da empresa.

O que isso quer dizer? Em outras palavras, a entrevista deve respeitar a cultura organizacional de modo geral.

Um exemplo simples: como dissemos no começo deste post, a entrevista não deve ser elaborada para prejudicar o candidato. Isso iria contra os princípios de muitas empresas, que adotam valores de respeito e transparência.

Outro exemplo interessante está no próprio desfecho da entrevista. Uma empresa que adota o valor da melhoria contínua precisa ter isso em mente na hora de avaliar o inglês dos candidatos.

O fato de o candidato buscar um aprimoramento no idioma, mesmo que ele ainda não seja completamente fluente, deve ser levado em consideração. Ou, no caso de um candidato que já é fluente, é preciso responder: ele está satisfeito e acomodado ou está engajado em aprender mais um idioma ou outra habilidade relevante?

Dessa forma, a mensagem é clara. A empresa precisa ser coerente com o que ela mesma “prega”, desde o momento do processo de recrutamento. Mas não é só isso!

Além de respeitar a essência da empresa, a entrevista de emprego em Inglês também pode servir para apresentar essa essência aos candidatos. Para isso, o recrutador pode explicar a visão, a missão e os valores da empresa.

Como incorporar essa explicação ao processo? Comece explicando um dos valores da empresa — por exemplo, “inovação”. Então, pergunte ao candidato se ele já vivenciou uma situação em que suas ações foram guiadas por esse valor e peça que ele descreva as dificuldades e vantagens de seguir esse caminho.

Esperamos que você esteja percebendo que conduzir uma entrevista de emprego em Inglês vai muito além do propósito de, simplesmente, avaliar o inglês do candidato. É claro que esse é um objetivo primário, mas você também poderá usar essa oportunidade para analisar seu perfil profissional e pessoal.

Essa análise é importante. Afinal, é possível melhorar o nível de Inglês do seu colaborador após a contratação, caso você descubra que ele ainda precisa aprimorar sua comunicação. Porém, aspectos mais profundos — como os valores pessoais — são bem mais difíceis de adequar. E, se você descobrir que eles não são compatíveis com a cultura da empresa, a contratação terá menos chances de sucesso.

Finalmente, não podemos esquecer que a entrevista (assim como todo o processo de recrutamento, na verdade) não é uma avaliação unilateral. O candidato também tem direito a entender mais sobre a empresa, para decidir se existe compatibilidade ou não.

Para que isso seja possível, ele precisa receber informações sobre a organização. No que ela acredita, como ela trabalha, como ela espera que os colaboradores se comportem? Por isso, se o recrutador puder apresentar um pouco dessas informações durante a entrevista em Inglês, ajudará o candidato a tomar uma decisão mais sólida e coerente.

É claro que não há tempo de apresentar todas as informações neste momento. Mesmo assim, é importante não deixar tudo para depois, ou você pode ter a má experiência de ver um bom profissional abandonar a empresa após a contratação, porque “não era exatamente o que ele imaginava”.

Esse é o tipo de problema que leva a uma alta taxa de turnover. E você pode evitá-lo, usando a entrevista para expor um pouco mais a organização.

4. Aumente a eficiência da entrevista

Antes de encerrar este post, há mais um ponto importante que precisa ser abordado: a questão da eficiência.

O processo de seleção e recrutamento de candidatos é vital dentro de uma empresa.

Se demora muito, ele causa um aumento nos custos de RH e atrapalha o andamento do trabalho em outros setores, que aguardam a chegada de novos colaboradores na equipe. Por outro lado, se é mal feito, esse processo leva à contratação de um funcionário que não vai permanecer muito tempo na empresa.

Em outras palavras, o ideal é que o processo seja ágil e, ao mesmo tempo, de alta precisão.

Para isso, avançar todos os candidatos que passam pela análise de currículo direto para a situação de entrevista em Inglês não é uma boa estratégia. É muito melhor adotar uma etapa extra de triagem entre elas. Essa etapa seria, então, o teste de proficiência em inglês.

Por que fazer isso? A resposta é simples: para economizar tempo.

As informações que os candidatos colocam no currículo sobre seu nível de inglês, na maioria das vezes, não são completamente confiáveis. Existe muita subjetividade — afinal, o que é um nível “intermediário”, por exemplo? Portanto, se esses candidatos forem direto para a entrevista, você rapidamente perceberá que, na realidade, a maioria deles não tem o nível mínimo exigido para a vaga.

Fazendo um teste preliminar, é possível estabelecer esse mínimo e avaliá-lo com pouco esforço, pois é um processo automatizado. Assim, somente os candidatos que atendem aos pré-requisitos de Inglês avançarão para a etapa da entrevista.

Dessa maneira, poupamos muito tempo para os recrutadores. E, levando em consideração que as entrevistas são frequentemente conduzidas por gestores, podemos dizer que essa economia de tempo é muito importante. Para os gestores, tempo é dinheiro. Eles não podem desperdiçar esse recurso com entrevistas que não trarão resultados.

O melhor de tudo é que esse teste de proficiência pode ser realizado online. Isso agiliza muito a execução da etapa intermediária, pois o candidato nem sequer precisa sair de casa. Em questão de minutos a horas — dependendo do teste — ele pode encerrar essa etapa e obter um retorno imediato.

Outra vantagem é o custo. Comparativamente, é muito menor do que a realização de um teste presencial, que exige espaço físico, provas impressas, e uma pessoa para acompanhar a aplicação.

Algumas empresas e recrutadores ainda ficam incertos com esse teste de proficiência online, acham que é incompleto ou que os resultados não são confiáveis, mas essa percepção está completamente errada.

Os testes avançaram muito e, agora, é possível avaliar os candidatos em todas as diferentes competências — como leitura, escrita, compreensão auditiva, fluência verbal, uso da gramática e léxico. Além disso, esses testes são desenvolvidos por especialistas em linguagem e no idioma Inglês, garantindo sua precisão. Você pode delegar a organização desse teste com total confiança!

Dessa forma, o que vai restar ao recrutador durante a entrevista? Basicamente, a avaliação do candidato de maneira geral, e de sua competência conversacional em contextos mais específicos.

Conclusão

Neste post, falamos sobre a importância da entrevista em inglês no recrutamento de novos colaboradores.

Você viu o que os candidatos esperam dessa situação e como se posicionar diante dessas expectativas. Descobriu que, para conduzir uma entrevista de emprego em Inglês, é necessário fugir do óbvio e estimular o candidato para que saia de sua zona de conforto.

Também abordamos o valor de fazer um teste de fluência antes da entrevista. Ele permite comprovar a qualificação mínima dos candidatos no Inglês, assegurando que o recrutador não perca seu tempo avaliando profissionais que não se encaixam na vaga.

Esse é o trabalho que a Fluenglish desenvolve. Ajudamos sua empresa a realizar um bom processo de recrutamento sempre que o Inglês for uma preocupação na contratação. Quer saber mais sobre o que podemos oferecer? Então, entre contato conosco! Nossa equipe terá prazer em responder a todas as suas dúvidas e identificar a solução que melhor atende às suas necessidades.

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