Os primeiros segundos são tudo o que você tem para causar uma boa primeira impressão mas esse trabalho não para por aí. Até mesmo o RH está atento ao que vem mudando nas relações interpessoais e como o personal branding influencia esse processo.
Acompanhar tendências do comportamento humano e como isso impacta dentro das organizações é uma das principais atribuições do recursos humanos.
Afinal, uma vez que lidam com o principal ativo das empresas, as pessoas, o RH precisa estar afiado sobre tudo que envolve e interfere nas relações dentro do ambiente de trabalho.
Com a Revolução 4.0, a gestão de pessoas, processos e a automação de tarefas criou grandes transformações nas organizações. Nesse sentido, entram em pauta as redes sociais, que também mudaram essencialmente toda a dinâmica de imagem pessoal e impressão alheia sobre os indivíduos.
É de muita importância destacar isso, pois o personal branding está em todo lugar e, hoje, mais do que nunca, online.
Portanto, o RH está ainda mais alinhado com a marca pessoal dos colaboradores e pode ajudá-los muito neste quesito. Entenda.
O que é personal branding
Personal branding, ou marca pessoal, é a soma de idiossincrasias (características) de determinada pessoa que faz com que os outros a reconheçam. Em outras palavras, a marca pessoal é a identidade da pessoa.
Tal identidade, por sua vez, é constituída de diversos elementos, como:
- Sua forma de se vestir – roupas, acessórios e outras coisas que remetam à pessoa;
- Sua forma de se portar – o modo como fala, postura e linguagem corporal;
- Suas ideologias – valores em que acredita e defende;
- Suas competências – aquilo que você sabe fazer de melhor.
Em suma, todos esses elementos juntos, seja no ambiente virtual ou físico, montam a reputação ou legado de alguém. Uma boa personal branding gera valores únicos, positivos e evidencia particularidades e qualidades de alguém.
No entanto, para manter esta marca, é preciso esforço e consistência. É também necessário realizar um movimento de análise sobre si mesmo e sobre a percepção que os outros têm de você.
Como o personal branding auxilia na minha carreira
De acordo com Maria do Carmo Marini, consultora especialista no desenvolvimento de pessoas e coach do CEOLab, é necessário se atentar à forma como as pessoas entendem o seu estilo.
É indispensável que se analise a percepção alheia sobre si, de forma a entender tais visões são positivas ou negativas.
“Gerenciar adequadamente esse ponto não significa autopromoção ou exacerbação da vaidade, coisa que está muito em moda atualmente. Significa promover diferenciação, mostrar aquilo que nos individualiza, nossas capacidades, o quanto podemos ser úteis para uma organização”, analisa Marini.
Essa análise é importante sobretudo no mundo profissional. De fato, o personal branding pode ser um poderoso aliado de sua carreira.
Pense que, por exemplo, a forma como as pessoas te veem afeta diretamente sua contratação, promoção ou demissão. Além disso, esse conjunto de fatores faz toda diferença na hora de se praticar o networking e no contato com clientes.
Portanto, o cuidado com sua marca pessoal é decisivo para o sucesso em sua carreira,
O que o RH pode fazer pelo personal branding?
A relação entre o RH e o personal branding é íntima. Por exemplo, num processo seletivo, em que se visa encontrar um perfil ideal para uma vaga. Nesse caso, além das hard skills, o recrutador analisa o perfil da pessoa, para identificar se ela se enquadra no esperado.
Dessa forma, o candidato que tem uma marca pessoal alinhada, ética e coerente com o perfil desejado, com certeza terá mais destaque.
Vale pontuar que uma entrevista de emprego começa muito antes do contato pessoal. Afinal, é indispensável que o candidato mantenha um perfil alinhado nas redes sociais.
Nesse sentido, a pessoa que busca recolocação profissional, precisa tomar alguns cuidados com sua imagem nas redes sociais. Perfil identificável, o não uso de vocabulário chulo e atenção com as fotos que posta são três pilares básicos que o time de RH observa e que conta muitos pontos à favor do entrevistado.
Assim, o RH tem um papel fundamental no personal branding: orientar as melhores práticas no mundo corporativo.
Portanto, acompanhar de perto as tendências de RH com certeza será de grande valia para qualquer profissional.
Conclusão
O personal branding e o RH andam de mãos dadas. Por meio do entendimento das melhores práticas e expectativas de uma empresa sobre o perfil de uma vaga, um candidato estará mais bem preparado para se destacar na entrevista de emprego.
Além disso, para quem já vive dentro da corporação, é essencial sempre revisitar sua imagem e buscar identificar a forma como as pessoas o vê. Nesse sentido, vale pontuar: seja você mesmo.
Afinal, forçar uma personalidade apenas para conquistar admiração é uma atitude fadada ao fracasso. Não somente por ser desleal com a própria pessoa como também por ser uma prática facilmente desmascaradas.Portanto, entenda melhor como funciona a dinâmica do RH e o perfil exigido para uma vaga veja se o seu perfil para deixá-lo ainda mais alinhado com a instituição. Caso já esteja empregado, reavalie sua postura e busque por melhorias. Vale até mesmo bater um papo com o pessoal de recursos humanos.